A aprendizagem invertida na educação superior a distância

Vídeo: COMO TRABALHAR COM APRENDIZAGEM INVERTIDA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Sejam bem vindos!!!


Este fórum terá como subsídio os referenciais teóricos e a experiência que cada uma dos de vocês participantes possa trazer, de modo a que no final da atividade possamos elaborar um checklist de boas práticas que possam orientar futuras experiências de aprendizagem invertida, considerando as seguintes questões: [Será a aprendizagem invertida passível de utilização na educação a distância?] [Como comprometer os alunos com o estudo autônomo?] [Como conscientizar os alunos para a mudança do papel do momento presencial no processo de ensino e aprendizagem a distância?][Qual o grau de “inversão” da aprendizagem a que chegar considerando as características dos alunos e dos cursos/disciplinas e tópicos em estudo?][Como relacionar o tempo de estudo realizado autonomamente, com o tempo de duração do momento presencial?]. [Que apoio dar ao aluno no momento de estudo autônomo?] [Como elaborar materiais para subsidiar o estudo autônomo do aluno?][Como capacitar a comunidade acadêmica para em conjunto trabalhar de acordo com a proposta da aprendizagem invertida?]

Vamos trabalhar neste fórum para que a suas conclusões possam ser uma referência para quem desejar implantar a aprendizagem invertida em seus projetos de educação superior a distância

Bom debate!

Prezados, tenho muita curiosidade, do ponto de vista prático, quanto às potencialidades da aprendizagem invertida no ensino superior a distância, quando me deparo com o aspecto teórico da inversão de papéis, na perspectiva de horizontalizar a aprendizagem aluno-professor e professor-aluno, dando ao aprendiz a possibilidade de ele se engajar e intervir nesse processo como autônomo, protagonista etc, em contrapartida às dificuldades de contextos e políticas institucionais que muitas vezes dificultam a proposta de criar espaços e multimeios para oportunizar e democratizar essa prática.

Nesse contexto, penso que o estrutural ainda deve ser considerado como, talvez, o maior desafio para a socialização, formação e implantação dessa prática no ensino superior. O que vocês acham disso?

Olá, concordo plenamente com o Enilton sobre o problema estrutural, "em alguns países mais do que em outros", para pôr em prática este novo modelo pedagógico. Em muitas escolas e instituições, os professores tentam inovar e adotar novos modelos de ensino, mas a falta de apoio institucional e de políticas educativas sérias e sólidas representa uma barreira para a transformação. Tendo em conta a necessidade da qualificação docente para estas novas práticas educativas, é fundamental contar com uma estrutura para levá-las a cabo como, por exemplo, cursos de formação docente, recursos tecnológicos para a elaboração e construção tanto do ambiente de ensino e aprendizagem quanto para a confecção dos conteúdos específicos e apropriados ao formato de ensino,  apoio técnico para a resolução de possíveis problemas no uso das TIC, etc.

Felizmente, hoje contamos com muitos professores que, de forma autônoma e independente, procuram a sua própria qualificação docente e lutam, muitas vezes remando contra a maré, para oportunizar aos seus alunos espaços significativos de construção da aprendizagem.

Como há muitas perguntas por responder neste fórum, vou enfocar a minha atenção na questão da aplicação da aprendizagem invertida na EaD. Na minha opinião, esta abordagem de ensino  pode ser perfeitamente utilizada na EAD, sempre e quando estiver apoiada num projeto de ensino com um planejamento próprio e um desenho instrucional adequado para a EaD. Devemos considerar que neste caso é preciso pensar e "repensar" em espaços adequados para a prática das competências que objetivamos desenvolver, não acham?

Prezados amigos

estou de acordo que temos desafios. Contudo a proposta desta atividade é discutir como trabalhar com a aprendizagem invertida, partindo do pressuposto que existem certamente professores com possibilidades para desenvolverem um bom trabalho. Vamos debater os tópicos em apresentados?

Retomando um pouco o que comentei ao final da minha mensagem anterior, que creio sim estar relacionado com o tema em discussão neste fórum, a aprendizagem invertida pode ser trabalhada tanto na EaD como em sala de aula mediante projetos, nos quais se reservariam os momentos de sala de aula ou de encontros síncronos (mediante chats ou video-conferências) e assíncronos (fóruns), no caso da EaD, para um primeiro contato com determinada disciplina a partir de atividades práticas, de investigação e resolução de problemas (learning by doing); enquanto  o aluno em casa, de forma autônoma, trataria de adquirir habilidades de ordem inferior (como o conhecimento de teorias e conceitos relacionados com o projeto posto em prática). Trata-se da reinversão da sala de aula invertida. No seguinte link, podemos comprovar como se produz esta reinversão:

http://porvir.org/porfazer/invertendo-sala-de-aula-invertida/20130814


Penso que a realização de projetos e de trabalhos em grupo (atividades de colaboração entre os estudantes) ajuda o aluno no desenvolvimento de uma nova cultura de estudo, como a que nos ocupa aqui, que requer o domínio de novas competências como: autonomia, trabalho em equipe;  proatividade; resolução de problemas, etc. No meu caso particular, pude comprovar em algunos cursos "online" que ministrei de português como língua estrangeira, que o ensino baseado em projetos e na resolução de problemas é tremendamente efetivo: os alunos participam mais, sentem-se mais motivados e se tornam mais críticos e reflexivos.

Prezados, a Tatiana pontuou algumas estratégias para o professor trabalhar a aprendizagem invertida (AI), inclusive com algumas interfaces de mediação, disponíveis no mundo digital, à disposição do professor. Mas para que haja efetividade nesse trabalho é preciso que o professor faça um estudo detalhado dos elementos teóricos que compõem esse tipo de aprendizagem, em sua essência, de modo a conseguir o engajamento do aluno e o resultado esperado.

Na minha prática docente, tenho experimentado essa proposta, tendo como estudantes professores do ensino superior e confesso que os resultados têm sido positivos, considerando os pressupostos para inverter a aprendizagem (autonomia, trabalho colaborativo e cooperativo, capacidade de organização, capacidade de análise e intervenção sobre o conhecimento posto, curadoria etc). Tenho utilizado, nesse projeto, como estratégias, a aprendizagem baseada em problema ou em projetos, o método CAV (Kolb, 1980), Conectivismo (Siemens, 2010), e como elemento de mediação na fase de pesquisa (estudos e compreensão do problema ou do projeto), a webconferência (hangout do google+), a wiki e o fórum embutido no AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem, antes do confronto na sala de aula. Como resultado desse exercício, deixo aqui uma contribuição no formato de MC - Mapa Conceitual que desenvolvi e utilizo como referência, além de  alguns métodos e técnicas aplicados nesse trabalho.


Acesso:

http://www.wr3ead.com.br/CONGRESSO%20ABED/MET%20ATIVAS%20ABED%202014.pdf

Prezado Enilton

penso que a apresentação que proponho, em conjunto com o seu ótimo trabalho, que poderá ajudar a aprofundar a reflexão sobre como trabalhar com a aprendizagem invertida. Apesar da apresentação relatar uma situação de nível médio, a transposição da reflexão proposta para a educação superior não me parece difícil.


http://researchnetwork.pearson.com/wp-content/uploads/FlipCon13_LitRvw_Jun2013.pdf

Prezados Enilton e João José, muito obrigada pelos materiais compartilhados. Como sou novata no uso deste tipo de metodologia ativa, é ótimo poder contar com  apresentações como estas, que ilustram e aprofundam reflexões sobre a temática. Pena que contamos com tão pouco tempo para estas jornadas, mas sem dúvida este espaço de discussão serviu para aumentar  ainda mais o meu interesse na aprendizagem invertida. Também penso que antes de aplicar uma nova metodologia em nossas aulas, é preciso conhecer os fundamentos teóricos deste tipo de aprendizagem, por isto seguirei  pesquisando sobre o assunto. Obrigada, João José, pela oportunidade de trocar experiências  sobre este tema tão interessante e atual.

Saudações. Tatiana